terça-feira, 24 de abril de 2012

Blog Olhar Tver

Artigo do Blog Olhar Tver por Roger Reurian

"O espetáculo Plastic wood esteve em cartas pela segunda vez no Teatro José de Alencar, palco Nadir Papi Sabóia, nos dias 22, 23, 24 e 25 de março, nos horários de 15:30 e 18:30.
com uma abordagem inovadora a peça fala sobre um futuro não muito distante, onde a corrupção estará em alta e só os que possuem dinheiro conseguirão sobreviver, a população sofre com a poluição e a falta de água, toda a fauna e flora encontra-se extinta e o mundo foi reduzido a um grande lixão.

A historia enfoca-se no jovem Caio Meneses, filho de um juiz importante na sociedade que vai em busca de água, que é o grande tesouro dos novos tempo... Em meio a essa busca o jovem depara-se com seres místicos e reais, como índios, dríades, arvores falantes e o curupira. Com um questionamento de "até onde uma pessoa pode chegar, em busca de seus desejos egoístas?!"

Toda a peça consiste em uma brincadeira com luzes fortes e fracas, tendo o verde com um ar mágico e a luz amarela como com intuito realista e de culto malvado. Também possuía uma sonoplastia ao vivo, necessitando assim de uma grande sincronia para que tudo saia perfeito, as brincadeiras vocais tornavam o ar mais pesado assim deixando o publico cada vez mais envolvido e focado com toda a historia. Os posicionamentos de cena, as mudanças de cenário, as entradas e saídas dos personagens todos estavam com uma ótima sincronia assim não deixando de ser interessante para a plateia.

Quero dar meus parabéns para:

George Alexandre a arvore. Com uma voz vibrante e bem trabalhada, o ator mal se movimentou, mas pode transpor toda sua energia e movimentos com a voz!

Gerson Anderson e seu personagem de ar cômico. Que iniciou com uma alta energia e a segurou até o final, falando de uma maneira engraçada, mas sem perder o enfoque dramático, assim tornando o personagem completamente irônico e trapaceiro.

Jânio César o velho Meneses, passando uma completa verdade sobre seu personagem fraco e teimoso, retratou-o de um modo pobre de espírito, assim tornando-se misterioso e obrigando o espectador a tentar desvenda-lo, com uma respiração abafada e olhar fraco a proximidade do publico com o personagem era cada vez mais nítido!

Maiara Teles e sua personagem apresentadora. Cantou de um modo único e enérgico, soube muito bem transpor-se entre dois personagens que surgiam rapidamente na mesma cena e explodiu em suas cenas assim obrigando todo o elenco a segurar esta energia.

Tatiane Gomes e sua personagem sonhadora e cega. Os pequenos tiques de movimentos tornavam sua personagem mais intrigante e desafiadora, a voz doce e chorosa fazia com que você sentisse a dor da pequena garota, possuiu uma energia que cresceu gradativamente com o espetáculo, assim saindo de um ser pequenino para um estupendo.

Yago Silva com seu personagem destemido. A projeção corporal do ator fez com que todo o publico encontrasse foco nele, com uma voz forte e onipotente ele utilizava do corpo para contrapor o peso de sua voz, assim tentando ao máximo distanciar-se do chão.

E principalmente para o direto Joca Andrade que trabalhou que trabalhou de uma forma magnífica em mais um grandioso espetaculo, de conclusão de curso."

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